Ferréz experimenta novos temas em 'Deus Foi Almoçar'


“Escritor conhecido por retratar o Capão Redondo lança livro no dia 3 de julho em São Paulo

Maria Fernanda Rodrigues, O Estado de S.Paulo

Um Ferréz mais calmo, mas nem por isso mais otimista, está em Deus Foi Almoçar (Planeta), romance escrito durante oito anos de "incertezas" e que será lançado dia 3 de julho em São Paulo. Teria dado certo seguir vestindo a camisa de escritor da periferia, renovando as histórias de Capão Pecado, livro que o revelou, ou de Manual Prático do Ódio, que o consagrou. Ferréz continuaria sendo chamado para festas literárias daqui e do além-mar, ainda seria consultor de cineastas para assuntos de periferia, poderia ficar rico. Mas ele quis mais, e teve coragem de mudar a direção de sua carreira literária com um livro em que não se lê sequer a palavra favela. Em que a violência é muito mais interior do que do ambiente.

Atrás da aparente calmaria de pastas e arquivos organizados milimetricamente vive o funcionário padrão Calixto, um homem nem pobre nem rico, invisível, abandonado pelo pai e pela mãe, depois pela mulher e filha, que se distrai caminhando pelo bairro enquanto conta postes, observando a vizinha no quintal, se maltratando e nunca se envolvendo com os outros.”
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