Osvaldo Bertolino: Lições de Arte

“O livro “As artes plásticas na formação do professor — uma perspectiva interdisciplinar” pode ser lido por qualquer pessoa que se interesse por artes. O leitor tem um extenso painel do mundo das artes, escrito com leveza e erudição — um estilo marcante de Mazé Leite, dedicada pesquisadora do tema.

Osvaldo Bertolino, no Portal Grabois / Vermelho

Sempre se fala que quando um livro ou um filme é muito bom, logo no início ele nos domina. Mazé Leite faz a citação para descrever a fotografia de Maureen Bisilliat, mas são palavras que descrevem exatamente a sua obra As artes plásticas na formação do professor — uma perspectiva interdisciplinar, que está sendo lançada pela editora Plêiade.

Ler as 305 páginas do livro de Mazé Leite equivale a acompanhá-la em suas rigorosas visitas aos mais diversos pontos do mundo das artes. Boa parte do que escreve é resultado de verificações in loco de preciosidades que conformam a essência das artes plásticas na história da humanidade.

O livro é cuidadosamente dividido em quatro capítulos, cada um recheado de sub-itens, o que empresta à obra um agradável exercício de compreensão dos conceitos de forma cumulativa, um após outro, do mundo das artes. Ao passar do capítulo “A arte e a história”, o leitor está preparado para ir ao segundo, denominado “A arte e o acervo”. No terceiro capítulo, com o título “A arte: métodos e técnicas”, a autora se apóia no conhecimento acumulado pelo leitor até ali para explicar o fascinante exercício da criação. E encerra, no quarto capítulo, historiando uma copiosa lista de artistas, agrupada por regiões do planeta.

No primeiro capítulo, o leitor encontrará curiosidades preciosas, como as formas artísticas do mundo antigo. “A força das idéias vai gerando a história, movimentando os povos, mudando os sistemas”, escreve Mazé Leite. Ela abre com essa constatação o item que explica como as contradições impulsionaram o progresso do pensamento humano, que perpassou o período pré-revolucionário na França e avançou pelos séculos XIX e XX. Os pintores e escritores, no dizer da autora, se rebelaram, no século XIX, contra o estilo Neoclássico, que uniformizava o mundo dentro do padrão da estética clássica grega e romana. “Os românticos — como ficaram conhecidos esses rebeldes — pregaram a livre efusão dos sentimentos, a visão e a experiência individual do mundo”, explica Mazé Leite.”
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