G3: três estilos de três mestres



Cláudio Francioni, SRZD

“Rolou, na última quinta-feira, farta degustação de tappings, fast pickings e diving bombs, recheados com muito reverb e servidos por três dos maiores chefs do assunto. O prato principal da noite é guitarra. Capitaneado por Joe Satriani, o projeto G3 voltou ao Citibank Hall com uma formação diferente das outras vezes em que esteve por aqui. Desta vez vieram John Petrucci, do Dream Theater e Steve Morse, do Deep Purple. O público que ocupou quase todos os lugares da casa (com uma ótima configuração de teatro, com todos sentados) conferiu três dos maiores guitarristas do mundo, cada um com suas características e peculiaridades. O formato da apresentação é interessante: cada um se apresenta com sua banda por 45 minutos e no fim, os três se juntam para uma grande jam session. A noite é longa, porém não cansa. Os pequenos intervalos entre um show e outro servem pra dar aquela esticada de pernas.

Morse: versatilidade e clareza

O primeiro a subir ao palco foi Steve Morse. O mais velho dos três apresentou canções de sua ex-banda, Dixie Dregs e da Steve Morse Band, projeto que toca paralelamente ao Purple. Morse é limpo e versátil. Suas notas são escutadas e identificadas uma a uma e suas músicas apresentam estilos completamente distintos, como "John Deere Letter", por exemplo, um delicioso country. Em seu power trio, não há como não citar o excelente baixista Dave LaRue, um monstro que chegou a dividir com Morse a atenção do público.

Petrucci: peso e velocidade

Petrucci é tudo o que a molecada adora. Milhares de notas por segundo, aliadas a uma técnica impressionante. O "garoto" do trio apresentou três músicas de seu disco solo "Suspended Animation", de 2005 e outras três indéitas: "Zero Tolerance", "Cloud Ten" e "Glassy-Eyed Zombies". Para acompanhá-lo, trouxe seu companheiro de Dream Theater, Mike Mangini. Desta vez, seu set de bateria era bem mais humilde do que a nave espacial apresentada por aqui em agosto. Sempre muito enérgico, Mangini casa perfeitamente com o estilo de Petrucci, o mais pesado da noite. LaRue continou no palco e fez hora extra, mas desta vez bem mais contido.”
Artigo Completo, ::AQUI::

Nenhum comentário: